Ali (no coração) repousas tranquilamente! Deixa-me submergir no Teu mar de alegria...

Ali (no coração) repousas tranquilamente! Deixa-me submergir no Teu  mar de alegria...

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Sri Ramakrishna Ashram Arti Song 3~Ma Sharada Devi~Prakritim Paramam

Paz!


Paz que vem do amor!

A alegria efêmera & alegria real


A mulher, quando está para dar à luz, tem tristeza, porque a sua hora é chegada; mas, depois de nascido o menino, já não se lembra da aflição, pelo prazer que tem de ter nascido ao mundo um homem.
Assim também agora vós tendes, tristeza, mas outra vez vos vereis; o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar. (João 16:21,22)

Orvalhar

O orvalho é o refrigério que vem do Senhor, o mestre dos corações...


" Um pouco, e não me vereis, e outra vez um pouco, e ver-me-eis?
Em verdade , em verdade eu vos digo que chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará, vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegrias." ( João 16: 19,20)



Nós amamos porque ele nos amou primeiro.



O Sal da Terra


A gratidão é o próprio paraíso * William Blake*



Discípulos vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurá o sabor? Para nada mais presta senão, lançado fora, ser pisado pelos homens. ( mateus 5:13)


Um Só Amor

Andar juntos, esse é o nosso trabalho. Como é bom quando irmãos e irmãs estão presentes em harmonia de maneira triunfal, onde as religiões aprendem a cooperar uma com as outras. O objetivo principal da Humanidade e de todas as criaturas é viver juntos em harmonia.
O conceito de triunfalismo harmônico exige transcendência do sectarismo religioso que assola o mundo. A verdade, tal como os antigos judeus reconheciam, era um espelho nas mãos de Deus; o espelho quebrou e agora um de nós carrega apenas um pedaço. Para reparar o espelho que detém toda a Verdade do que somos e do que poderemos ser quando estivermos juntos, vamos precisar de humildade e abertura para acolher e integrar todas as peças. Essa foi a visão profética de Ibn al'Arabi, o professor Sufi medieval, como traduzido por Henry Corbin:


O "Dia da Ressurreição" ... tem um significado iniciático: é o momento em que a alma individual trata de compreeender sua unidade em essência com a divina totalidade, o dia em que os credos particulares deixam de ser véus e limitações e tornam-se manifestações nas quais Deus está contemplando, vez que expressam capacidades do coração dos homens. essa criatividade do coração(himma) é habilidade de ver o divino através de suas metamorfoses de teofanias - suas revelações momento a momento. Compreeender o dogma como marzhar, um símbolo, é "desfazer" seu dogmatismo, e esse é o sentido da Ressurreição.  * Rabino Zalmam *



E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.( João 8:32)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Dê-me Todos os Seus Pecados

Durante as noites de verão, costumávamos sentar ao ar livre, perto do poço. Certa vez, de repente, um visitante começou a chorar copiosamente. " Eu sou um terrível pecador. Por um longo tempo tenho vindo aos seus pés, mas não há nenhuma mudança em mim. Quando estou aqui, perto do Senhor, eu sou bom, mas quando saio do Ashram, torno-me novamente um animal. O Senhor não pode imaginar quão mau posso ser. Deverei permanecer um pecador para sempre?
 Bhagavan respondeu-lhe: " Por que você vem até mim? O que tenho a ver com você? O que existe entre nós que o faça vir aqui chorar e lamentar-se?
O homem começou a gemer e lastimar-se cada vez mais: " Todas minhas esperanças de salvação foram embora. O Senhor era a minha última esperança, e diz que não tem nada a ver comigo! A quem devo recorrer, então? A quem devo ir?"
- Sou eu seu guru e deveria ser responsável pela sua salvação?
Alguma vez lhe disse que era seu mestre?
-Se o senhor não é meu mestre, então quem o será? O senhor é o meu guru, é meu anjo da guarda, o senhor se compadecerá de mim e me livrará dos meus pecados. - E começou a chorar novamente.
Nós todos permanecíamos calados. somente Bhagavan parecia natural, e disse: " Se sou o seu guru, quais os meus honorários? Certamente você deverá pagar-me pelos meus serviços."
- Mas o senhor não receberia nada, -balbuciou o visitante. - O que posso lhe dar?
- Por acaso eu lhe disse que não receberia nada? E por acaso você me perguntou o que poderia me dar? Tudo bem. Agora, eu estou pedindo. Dê-me. O que você me dará?  - Leve qualquer coisa; tudo é seu.
- Então, dê-me tudo de bom que você tenha feito neste mundo.
- O que de bom eu poderia ter feito? Não tenho sequer uma virtude a meu crédito.
- Você prometeu me dar. Agora, dê-me. Não me fale de seu crédito. Apenas entregue-me todo o bem que você tenha feito no passado.
- Sim eu darei, mas, como pode ser feito? Diga-me como fazer.
Diga assim: Estou me desfazendo inteiramente de tudo de bom que tiver feito no meu passado, em favor do meu guru. Daí, não tenho nenhum mérito por isto nem nenhuma preocupação com isto. Repita, de todo o coração.
-Tudo bem, swami: Eu lhe dou alegremente pois o senhor é meu mestre e está me pedindo para que eu me desfaça de tudo em seu favor. - E o homem repetiu, palavra por palavra, o que Bhagavan havia dito.
-Mas isto não é o bastante - disse Bhagavan asperamente.
- Eu lhe dei tudo o que o senhor me pediu. Não tenho mais nada para lhe dar.
- Não, você tem. Dê-me todos os seus pecados.
O homem olhou para Bhagavan paralizado pelo terror.
- Swami, o senhor não sabe o que está me pedindo. Se soubesse, não o faria. Se o senhor assumir meus pecados, seu corpo apodrecerá e queimará. Por favor, não me peça meus pecados. - E começou a chorar.
-Eu cuidarei de mim mesmo, não se preocupe comigo - disse Bhagavan. - Tudo que quero de você são seus pecados. Ou você me dá todos os seus pecados junto com seus méritos ou os mantenha consigo e não pense em mim como mestre.
Por fim os escrúpulos do visitante foram vencidos e ele declarou: "Quaisquer que tenha sido os pecados por mim cometidos, eles não mais me pertencem. Todos eles, e também seus resultados, pertencem a Ramana".
 Bhagavan parecia estar satisfeito: "De agora em diante não há nada de bom nem nada de mau em você. Você é apenas puro. Vá e não faça nada, nem de bom nem de mau - permaneça você mesmo, seja o que você é!
Uma grande paz caiu sobre o homem e sobre todos nós que jamais havíamos testemunhado de maneira Bhagavan se apossava de nossos pecados - dualidade - a fim de transformá-los em Unidade.


Os pés de Bhagavan - T.K Sundaresa Iyer

Renaissance - Let it Grow





Essa música é muito linda, a primeira vez que ouvi, era uma garotinha, às vezes na madrugada ficava contemplando as estrelas, e ouvindo o antigo programa Good Times na rádio FM, mas o sentimento é de uma pureza inconfundível,  sentia uma saudade tão profunda, era Deus me chamando!




segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Ah, quem me dera




Quem me dera ser poeta
Pra cantar em seu louvor
Belas canções, lindos poemas
Doces frases de amor

* Tom Jobim*

Amar é...

Na minha infância colecionei essas figurinhas achava um mimo, e pra falar a verdade ainda acho. Um dia desses encontrei no google essa preciosidade...rss, fiquei tão alegre, e hoje resolvi postar aqui no blog!
O casal Amar é... foi criado por Kim Grove Casali, nos anos 60. Tudo começou com bilhetes carinhosos que ela mandava para o futuro marido Roberto Casali. Daí, em 1970, o jornal Los Angeles Times passou a publicá-los e logo viraram hit mundo afora, fiquei triste em saber que ele morreu com câncer 6 anos após, mas o amor deles foi e sempre será lembrado através dessas figurinhas com frases de amor irreverentes e bem humoradas.








depois vou colocar mais...rss





Quem sou eu?


Vedanta diz: " Homem, tu és de uma natureza e substância com Deus, uma alma com teus semelhantes. Desperte e progride para a divindade, vive por Deus em ti e nos outros". Este evangelho, que foi entregue a poucos, deve ser oferecido a toda a humanidade para sua libertação. 

* Sri Aurobindo *



A mensagem conscientes que vem de professores de diversas crenças e tradições é de que homem e mulher, como alma, são idênticos e estão em unidade com Deus. Esta é a verdade mais elevada a ser reconhecida no caminho espiritual. Existe uma história no Chandogya Upanishad que fala de dois pássaros empoleirados em uma árvore carregada de frutos sedutores. Os frutos prenderam a atenção de um dois pássaros; ele o devorou e, embora estivesse bastante satisfeito, desejava cada vez mais e voou ao redor para ver se havia mais árvores desses frutos. Ciente apenas de seu desejo, ele acabou esquecendo sua identidade. O outro pássaro, confiou que a natureza sempre supriria suas necessidades, comeu apenas para satisfazer sua fome e manteve sua identidade. O primeiro pássaro é o homem e o segundo é Deus. No momento em que o primeiro pássaro se lembrou de sua identidade, ele se tornou Deus.
Seguir o caminho do conhecimento pode parecer um processo lento, mas é a maneira correta, e muitos chegaram ao esclarecimento dessa forma. aqueles que levaram a sério ( isto é, Sócrates e Ramana Maharshi) o encontraram bastante rápido e com facilidade. A sabedoria pode surgir em você um dia se os seguintes passos forem aperfeiçoados.

Jnana Yoga (O Caminho da sabedoria) ou Atma Vichara

1- Viaje pelo caminho da razão pura, levando ao autodescobrimento.
2- Continue removendo camada após camada de ignorância perguntando incessantemente: Quem sou eu?
3- Chega um estágio em que o ego pára de controlar e a sabedoria é resnascida.
4- reconheça a imortalidade como a posse despertada do Ser não-nascido e imortal.
5- Perceba a não-ação ao causar resultados e abra caminho para a verdade. Em outra palavras, lembre-se, sob todas as circunstâncias, de que você não é o executor, e permaneça livre da criação do carma. Sirva aos outros, sem compreender a maneira errada a verdadeira natureza da ação.
6- Concentre-se no sofrimento e descubra que ele leva ao êxtase intenso. O sofrimento ensina mediante três estágios: tolerância, igualdade da alma e êxtase.
7- Entregue a dependência dos apegos externos e torne-se vulnerável, abrindo espaço, assim, para Deus entrar.
8- A renúncia completa ou a satisfação total do desejo leva à verdade; em ambos os casos, o desejo desaparece, que é a pré-condição necessária. Escolha um dos caminhos e o aperfeiçoe.
9- Saiba que a renúncia interna ao desejo, à ignorância e ao egoísmo, e não monasticismo(vida reclusa), leva à verdade. Pelo estado de renúncia, torna-se um yogue jnana. Adquirir conhecimento e torna-se um pundit (conhecimento intelectual) é apenas o ponto de partida.
10- Quando você chegar a saber que Atman e Brahman são idênticas, ou que você e o Pai são um, saiba que realizou a verdade.

Namaste!








A luz da visão interior



domingo, 20 de fevereiro de 2011

.,
O que a alma vê e já experimentou, ela conhece; o restante e aparência, preconceito e opinião.
Quando falo, a razão fala: " Isto sou eu quem fala"; mas Deus tira as palavras de minha boca, e os lábios dizem algo que faz com que a razão trema.
A revelação é a experiência direta da alma com Deus, e não Deus falando.


Não-dual


A lei do pecado e da virtude perde sua realidade para nós quando o Sol de Deus brilha sobre nossas almas com esplendor verdadeiro, amoroso e desvelado.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Buda (Consciência Crística)





Sua Vida

Infelizmente, hoje se relaciona Buda com uma estátua para culto ou com um mito distante na história. Outras vezes, considera-se o budismo como uma doutrina antiga, só compreensível para as mentes de outras épocas. No entanto, uma investigação mais profunda nos mostra que a base do ensinamento de Buda é a eliminação da dor, e a dor não é velha nem nova, é um mal que sempre atacou o homem. Essa dor comum nos conecta com aquelas pessoas que seguiram as palavras do iluminado.

 Na realidade, o caso de Buda é um dos mais extraordinários da história mística, pela clareza, serenidade, amor e verdade que encerra sua mensagem. Antigamente, uma mensagem mística não era uma simples obra literária ou mesmo uma especulação mental à qual se dava publicidade. A mensagem de Buda foi o fruto de uma longa experiência na busca daquilo que acalmaria o sofrimento humano. Profundas meditações deram como resultado a excelência da doutrina Budista.

Olhemos para trás, no tempo, e encontramos o esplendoroso Siddhârtha Gautama, na corte de seu pai, o rei. Apesar de ter à sua disposição imensas riquezas e variedades de prazeres, seu coração se angustiava com um problema: resolver o por quê da existência.

Apesar dos esforços de seu pai para tirá-lo das meditações misticas, conta a história que os deuses dispuseram de tal maneira os acontecimentos que o príncipe compreendeu o curso que deveria dar à sua existência.

Assim, enquanto passeava pelos floridos jardins reais, deparou-se com um ancião, um doente, e um morto, sucessivamente. Sua dor foi indescritível quando soube que nenhum homem pode escapar dessas três terríveis pragas: velhice, doença e morte. a parti desse momento nada mais consegui distraí-lo, continuamente pensava: como é possível desfrutar da alegria quando ao nosso lado há seres que envelhecem, adoecem e morrem?

Com esse interesse em seu coração, abandonou sorrrateiramente a casa real e entregou-se plenamente à vida de anacoreta(eremita que vive em retiro) para ver se nas austeridades conseguiria apagar a sombra que o perseguia.

Em vão, consultou os grandes mestres de sua época em busca de resposta ansiada. Em vão, também realizou os mais terríveis sacrifícios corporais. A única coisa que conseguiu foi debilitar-se ao extremo e perder inclusive a faculdade de buscar os segredos da vida. A ajuda inesperada da filha de um pastor o salvou, ao oferecer-lhe, humildemente, o alimento que iria recompô-lo. Nesse instante, compreeendeu que os extremos nunca seriam benéficos: nem o rigor excessivo, nem os prazeres desmedidos conduz à libertação. Somente o Caminho do Meio condiz com o Caminho da Lei.

Assim, fortalecido e sob o amparo de Árvore Bodhi, a Árvore da Sabedoria, recebeu a iluminação, que o livrou para sempre dos laços do nascimento, da velhice, da doença e da morte.

Esse processo, descrito assim em poucas palavras, é tão grande e excelso que escapa à compreensão da razão. Alcançar a iluminação è superar amplamente a etapa humana, chegar ao Nirvana, à libertação, é vislumbrar a Eternidade.

A filosofia ocidental concebe o Nirvana como o "nada", como um vazio sem existência nem valor. Porém, o Nirvana representa o fim da personalidade como existência, o fim da matéria, dos processos formais e concretos, para elevar-se à região de onde, em algum momento, vieram as almas humanas.

Um dos laços que mais dificultam a libertação do homem é o sentido de separatividade, o acreditar-se isolado e independente e não sentir-se como parte de um Todo harmônico. Logicamente, quem se conforma com sua "parte" não aspira a converter-se no Todo, a chegar ao Nirvana.

Portanto, convém esclarecer o falso conceito que se atribui ao budismo: se Buda fala do não-eu, não se refere a uma eliminação do Ser, nem é o reflexo de um ceticismo fatal. Pelo contrário, busca a eliminação da dor, a superação do eu pessoal, do quaternário que restringe, indubitavelmente, as potencialidades da alma.

Existe uma trilha que conduz, à libertação. Buda a percebeu depois de compreender as Quatro Nobres Verdades, que precisamente encerram o Nobre Óctuplo Caminho.

* A Primeira das Quatros verdades refere-se à dor. sem dúvida, desde o nascimento toda a vida produz dor, pois a essência do Ser, se não descende à matéria, não é afetada por nada.
Recorremos ao Bhagavad Gitâ quando nos fala do espírito dizendo que é impermeável, incombustível, indestrutível...

* A Segunda é a Nobre Verdade sobre a causa da dor. A causa da dor radica no fato de que o homem toma a ilusão por realidade e se esforça para possuir e conservar objetos que estão destinados a extinguir-se. A dor provém de dirigir as energias a um mundo sempre oscilante, nós, que contemplamos mudos de angústia como o tempo escorre pelos nossos dedos.

* A Terceira é a Nobre Verdade sobre a cessação da dor. Quando essa " sede de vida" que temos é canalizada ao nosso Eu Superior, a dor cessa. Quanto mais desejamos, quanto mais trabalhamos em busca de uma recompensa, mais Karma carregamos em nossa balança. esse Karma obriga-nos a começar novamente, até que chegue o momento em que compreendamos como parar essa roda através da Reta Ação, o total desapego, o ajuste perfeito com a lei.

* A Quarta é a Nobre Verdade sobre o caminho que conduz à cessação da dor: o Nobre Óctuplo Caminho, que é formado por:

Reta opiniões.
Retas intenções.
Retas palavras.
Reta conduta.
Reto meio de vida.
Reto esforço.
Reta atenção.
Reta concentração.

Meditemos seriamente sobre o Nobre Óctuplo Caminho. Talvez pareça constituído por estranhas regras morais que já não têm sentido em nossa época. Porém, esse Caminho não foi concebido para o homem temporal nem para uma moral de costumes. É o caminho que leva o homem, à sua própria imortalidade.

Quando encontramos diante uma doutrina de tanta transcendência e tão fora de época, é necessário que nos coloquemos além das pressões que exerce o momento atual, para captar aquilo que não é velho nem novo, porque é eterno. Já não se trata de sectarismo nem de idéias religiosas determinadas; trata-se de algo que diz respeito ao Ser. E o Ser não está catalogado em nenhum tipo de crença de época.

Os Ensinamentos de Buda

Buda jamais compilou nem escreveu seus ensinamentos. Isso foi tarefa de seus discípulos, realizada 400 anos após sua morte, estimada em 543 a.C. Os ensinamentos budistas mais puros estão no cânone Pali, que recebeu o nome de Tripitaka (três cestas)
 devido, talvez, ao fato de que os preceitos fossem guardados em diferentes cestas na medida em que eram escritos e de acordo com seu tema.

O Tripitaka divide-se em:
Sutta-Pitaka - Livro dos Ensinamentos; 
Vinaya-Pitaka - Livro dos Preceitos Morais
Abhidharma-Pitaka - Livro de Psicologia e filosofia.

Por sua vez, cada uma divide-se em outras seções. O livro que nos interessa, o Dhammapada, pertence ao Sutta-Pitaka. Contém 423 estâncias com 26 pequenos capítulos cada uma.

A compilação desses preceitos morais era a tarefa preferida dos monges na estação das chuvas. Representa o homem que, impedido de atuar para fora, fecha-se em seu próprio ser para dedicar-se à construção de uma moral elevada.

O que podemos extrair desses antigos ensinamentos gravados em folhas de palmeira, tantas vezes mutilados, alterados, tantas vezes traduzidos? Muito simples: devemos tirar sua essência, aquilo que perdura através dos tempos, apesar das mudanças, assim como nós, que continuamos sendo os mesmos, apesar das mudanças e transformações de nosso corpo.
  



Os Grandes Mestres souberam acender uma tocha para iluminar o caminho da superação, pelo qual avança o homem. Saibamos, portanto, aquietar nossa mente e perceber com os olhos da alma essa luz que brilha para todos os que queiram segui-la.

Lembremos que o Buda, o perfeito Desperto, o Iluminado, o merecedor do eterno repouso e da glória do Nirvana, renunciou a tanta magnificência para continuar sustentando a lâmpada que guia a humanidade.

Conta a história que semelhante renúncia comoveu a natureza, incapaz de suportar tanta grandiosidade. Por um instante, façamos eco dessa comoção e deixemos que essa Verdade nos penetre, como faz a chuva na terra sedenta.

E assim, geração após geração, essa jóia da literatura Pali brinda os filhos da Ásia, e progressivamente do Ocidente, trazendo paz interior e estímulo no longo Caminho da Libertação.

Nivel I ( Nova Acrópole).





quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Ame!


"Que eu ame e seja amado, e mesmo que não seja amado ame; que seja gentil com quem é carinhoso, e carinhoso com quem é gentil". ( trecho: Oração a mim mesmo - Oswaldo Antônio Begiato -)

Por que deixar que os seus hábitos o governem?



Paramahansa Yogananda


Seus ancestrais emigraram para esse país para fugir de leis que lhes roubavam a liberdade de agir segundo a própria consciência. Os americanos, nascidos livres, não gostam de que ninguém lhes dê ordens. Por que então, deixar que seus hábitos o governem? Por exemplo, quando você não que comer e, ainda assim, come; ou quando não quer brigar com os outros e, mesmo assim briga. Qual é o problema? Você permitiu que seus maus hábitos o escravizassem.
Só o fato de nascer nos Estados Unidos ou em outros países democráticos não garante liberdade da mente e do coração. Ser livre é ser capaz de realizar ações corretas de acordo com os ditames da sabedoria da própria alma, não compelido por hábitos, obediência cega ou medo irracional. A sabedoria confere a verdadeira liberdade, e esse é o verdadeiro espírito da America.
Fazer tudo que lhe apraz não é liberdade, é abuso da liberdade.
Suponha que vive em uma casa com outras vinte pessoas, cada uma considerando a liberdade como o direito de fazer o que bem quizer, e cada uma desejando fazer algo que esteja em conflito com os desejos das outras! Não pode haver verdadeira liberdade nessas circunstâncias. A liberdade surge unicamente da obediência à lei do autogoverno. Fazer livremente o que você deve fazer, quando deve fazê-lo - ser guiado pela sabedoria - é a unica liberdade autêntica.
Escravidão aos hábitos é escravidão da pior forma. Decida ser livre. Desperte a lembrança divina da liberdade de sua alma, afirmando: " Embora eu tenha contraído alguns maus hábitos desde a infância, posso abandoná-lo pelo exercício da sabedoria e da vontade. Sou senhor de minha casa corporal."


Seja guiado pela sabedoria, não pela convenção


O que faz uma pessoa agir diferentemente de outra? Hábitos de vida, de comportamento e de pensamento; hábitos não são impostos. Eu sigo meus próprios caminhos. Por ocasião de minha partida para a América, em 1920, eu tinha uma longa barba Talvez você pense que homens barbudos parecem mais veneráveis na Índia, as barbas são admiradas por essa razão. Contudo, enquanto ainda estava a bordo do navio, convenceram-me de que americanos, ao verem um homem de barba comprida, seriam mais propensos a comentar: "Lá vai um homem das selvas!'
Ao compreender que poucos americanos usam barbas, resolvi cortar a minha; mas quis conservar o cabelo comprido, porque meu guru, Sri Yukteswarji, tinha cabelo comprido. Assim, ninguém conseguiria me convencer a cortar o cabelo. Se hoje eu cortasse o cabelo comprido, as mesmas pessoas que ridicularizaram seu comprimento anos atrás ririam-se de mim por estar de cabelo curto e achariam que a estatura do homem interior também diminuíra.
Na verdade, nós não sabemos o que é certo ou verdadeiro, por que estamos sempre fazendo comparações com base em aparências externas. Por isso, erramos freqüentemente em nosso julgamentos. Quem é capaz de dizer o que é certo ou errado, meramente baseado em aparências?
Você deve fazer um esforço para libertar-se gradualmente da escravidão a todo hábito: no vestir-se, no comer, etc. Muitas pessoas   
pensam que precisam comer carne três vezes ao dia. Outras estão convencidas de que só devem comer alface e nozes, e que ficarão doentes se variarem a dieta! Essas crenças são formas de escravidão. Não se deixe escravizar a nenhum hábito de vida; ao contrário, seja capaz de mudar de hábitos quando a sabedoria aconselhar. Aprenda a viver corretamente, usando seu poder de livre escolha, guiado pela sabedoria. Seja capaz, uma noite, de dormir confortavelmente em uma cama macia e, com igual conforto no chão, na noite seguinte. Esse divino desapego ao hábito é a liberdade preconizada pelos mestres da Índia. 

Liberdade versus liberdade caprichosa 

No ocidente, muita gente acredita em uma espécie diferente de liberdade - eu a chamo de liberdade caprichosa. Devido a uma concepção equivocada sobre a verdadeira natureza da liberdade, alguns pais curvam-se, indiscriminadamente, aos desejos de seus filhos, tornando-os escravos do hábito por toda a vida. A criança cresce pensando que, enquanto seus desejos forem satisfeitos, será feliz; e que o propósito da vida é satisfazer desejos. mais tarde, compreende que foi mal orientada; o mundo lá fora é muito diferente do que viu em casa. satisfazer todos os caprichos e desejos. " Acreditando que satisfazer os desejos do corpo e o mais elevado objetivo do homem, confiantes de que este mundo é ' tudo', essas pessoas deixam-se absorver, até a hora da morte, por cuidados e preocupações mundanas".
Os pais deveriam ter o cuidado de dotar seus filhos de vontade firme e discernimento, para que possam abrir seu próprio caminho no mundo e, ainda assim, permanecer afastados dos maus hábitos. Ensine as crianças a serem realmente livres. Não deixe que se tornem escravas do corpo e de hábitos indesejáveis. É bom treinar a criança na regularidade dos hábitos cotidiano, mas ela também deve ser  treinada na equanimidade: se vai dormir na hora certa, ótimo; se não for possível, esta bem. Se vai jantar na hora, muito bem;se não puder comer nessa hora, nada mal. As crianças devem aprender a respeitar os direitos alheios; mas também a ser livres da escravidão habitual a coisas ou pessoas.


 Combata os maus hábitos com o poder do " não quero"


Quando a mula quer ser agradável, ela é totalmente obdiente, mas quando resolve não cooperar, ninguém a tira do lugar. Você deveria desenvolver essa espécie de poder do " não quero". Domine seus estados de ânimo e hábitos. Então quando decidir que não vai fazer algo errado, ninguém poderá obrigá-lo a agir contra a vontade. Em outras situações, todavia, se descobrir que está enganado, seja capaz de mudar rapidamente de idéia. Essa flexibilidade surge quando você não se deixa governar pelo hábito, agindo, em vez disso, por livre-arbítrio, guiado pela sabedoria. Seja livre! Não seja escravo nem mesmo dos bons hábitos; faça o bem por amor ao bem.
Algumas pessoas precisam receber ordens todos os dias, apesar de seus deveres serem substancialmente os mesmos, mas quase sempre as pessoas seguem a rotina de atividades diárias de maneira mecânica. Isso é ótimo, se cultivaram bons hábitos, mas é desastroso para quem adquiriu maus hábitos. A maioria das pessoas apresenta uma combinação de ambos.


Hábitos são discos mentais

A repetição de um ato cria uma configuração mental. Todas as ações são executas mental e fisicamente. A repetição de um ato específico e da imagem que o acompanha forma trilhas elétricas sutis no cérebro fisiológico, como se fossem as arranhaduras de um disco. Após certo tempo, sempre que você puser a agulha da atenção na " ranhaduras" das trilhas elétricas, ela toca o "disco" da configuração mental original. Cada vez que o ato se repete, as ranhaduras das trilhas elétricas se aprofundam, até que a mais leve a mais leve atenção faz "tocar", automaticamente, o mesmo ato, vezes sem conta.
Entretanto, por meio da concentração e da força de vontade, você pode apagar até mesmo as ranhadura profundas dos hábitos antigos. Se é viciado em fumar, por exemplo, diga a você mesmo: " Por muito tempo tenho o hábito de fumar tem alojado em meu cérebro. Agora ponho toda a atenção e concentração no cérebro e quero que esse hábito seja desalojado." Comande assim a sua mente, repetidas vezes. A melhor hora do dia para fazer isso é pela manhã, quando a vontade e a atenção estão descansadas. Afirme repetidamente sua liberdade, usando todo o vigor da força de vontade. Um dia, de repente, sentirá que já não está preso na armadilha do hábito.
Conheço um homem que queria livrar-se do hábito de fumar. Era um fumante inveterado, mas tinha fé em que superaria esse hábito. Eu lhe disse " Vou curá-lo. mas depois quero que fume. Sentirá o gosto de um feixe de trapos e nunca mais gostará de fumar." E assim aconteceu. No dia seguinte, quando tentou fumar, sentiu náuseas. Ele foi receptivo ao vigoroso pensamento e eu pude, momentaneamente, transferir-lhe minha consciência. Depois disso, ficou livre do hábito.
Roer unhas e outros hábitos descabidos, inutil. Por que fazer tais coisas contra a vontade, quando, você é o soberano do castelo da vida?

Conserve sua liberdade como filho de Deus

Se sua mente é forte, se você se entrega a Deus e esquecer o corpo, poderá conservar sua liberdade como filho de Deus. Tome a decisão de que hábito nenhum tem poder permanente sobre você. Se a sabedoria for forte, você pode se convencer, em um segundo, do que deve fazer, Desperte a sabedoria que ressuscita em você o poder do livre-arbítrio, capacitando-o a sobrepor-se ao instinto compulsivo de hábitos comuns. " Mesmo que sejas o maior de todos os pecadores, a balsa da sabedoria, sozinha, te fará cruzar, sem perigo, o mar do pecado." O melhor modo de se livrar dos hábitos é expulsá-los, já, de sua mente! Não demore, ou arrisca-se a enfraquecer a sua decisão. a sabedoria é a salvação dos hábitos. Se alguém diz a um menino que não coma doces, ele os desejará mais do que nunca. Suponha que, ao crescer, ele tenha diabetes e seu médico o advirta que morrerá se continuar ingerindo açúcar. É a sabedoria então que lhe diz que o médico está, e que o encoraja a abandonar, rapidamente, o hábito de tantos anos de comer doces. Por meio da sabedoria o homem aprende... às vezes!




domingo, 13 de fevereiro de 2011

A Religião do Coração

-

Perguntamos certo dia ao Maharshi se não seria possível humanidade viver toda junta, apesar de haver tantas fragmentações religiosas. Fala-se tanto num mundo só e no dia seguinte uma nação invade a outra. Esta religião não concorda com a outra...como lidar com toda essa indiferença? O Bhagavan graciosamente respondeu naquele seu tom tilintante:

- Todas as religiões impostas escravizam o homem a uma personalidade, a uma crença, livro ou uma localidade. Aquilo que chamamos de Religião Hindu vos dá liberdade completa para seguir vossa alma desperta. O despertamento interno é o olho que encontra o caminho do Ser para a Bem-Aventurança. Existe só uma Religião, um Dharma e uma Yoga para todos. É o EU consciente no coração. O coração é o Ser; o coração é o centro do EU. A Religião do coração é a única para toda a humanidade. Para qualquer religião que pertençamos o coração é uno e o EU é uno. Hrit = Ayam + Hridayam, significa - Eu sou coração - O coração é a pura consciência Shuddha Shakti. É a verdade ultérrima oniabarcante . A mente concreta confunde o corpo com o EU e abre mão do senso do EU. O Ser é o Supremo EU SOU, o Real Habitante da cova do coração.

  Quando a mente habita no coração o mundo denso e pesado desaparece. O mundo nada mais é do que a mente. Seus nomes, formas, formalidades, castas, crenças e religiosidades são concepções mentais. O Sábio iluminado percebe a mente perdida na luz do coração. Um homem adiantado pratica - Pragnana - (sabedoria intuitiva) da consciência Pura como o Coração. Deus nada mais é do que o Coração. Os sábios conhecem a sua existência incorpórea impessoal assim como o profano conhece a existência corpórea ou pessoal. Tal Sábio está além do espaço, tempo e causalidade. Pouco se importa, portanto, com personalidades, cultos e religiões fanáticas e personalismo. O Hinduísmo, que é Sanatana Dharma é uma Experiência impessoal ou absoluta que, por meio de - atma Vichara - conduz à realização do EU SOU ATMA OU - EU - O Ser é Deus. Conhecer o EU-SER é ver a Deus.

Por Bhagavan Ramana Maharshi ( Traduzido do - The Call Divine - , n° 5, 1965)

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Jesus (Consciência Crística)

A família de Jesus



Falava Jesus ainda ao povo, e eis que sua mãe e seus irmãos estavam do lado de fora, procurando falar-lhe.

E alguém lhe disse: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar-te.

Porém ele respondeu ao que lhe trouxera o aviso: Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?

E, estendendo a mão para os discípulos, disse: Eis minha mãe e meus irmãos.

Porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai celeste, esse é meu irmão, irmã e mãe.

( Mateus V.12:46 a50)


O amor ao próximo e o cumprimento da lei





ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei.

Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

O amor não praticar o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o AMOR.

(R.V: 8,9,10)

Fez a lua que prateia minha estrada de sorrisos...

Fotos tiradas por minha amiga Mone na viagem Bahia/Rio





Amiga estou aqui e agora te homenageando, por você ser essa presença de luz sempre presente em minha vida, nossa como essa foto tem sua expressividade, pessoa inspiradora, amiga como já disse, suave ao falar, desde que falei com você a primeira vez, me senti envolvida no seu ser, que é Um comigo, foi amor a primeira vista...rss ou melhor ao primeiro som!
Essas palavras aqui não são apenas bla bla blás... são verdadeiros sentimentos que se expressam em somente uma frase: " EU TE AMO"  Olha sei que vais chorar, pois estou chorando viu? Essa pequena frase vibra dentro de mim, e tenho certeza que no momento que leres também vibrará em ti!
Vai uma música linda cantada por Amelinha que é um poema de presente para você!


Foi Deus que fez o amor...
Fez nascer a eternidade num momento de carinho


Foi Deus que fez o vento
Que sopra os teus cabelos...


Bjuss e cheiro!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011





Bhagavan e os animais



Pode ser chocado um ovo quebrado?

  Eram as primeiras horas da manhã no salão de Sri Bhagavan. Ele havia tomado Seu banho e agora ia para o canto mais afastado do salão para pegar Sua toalha, que estava pendurada em um bambu suspenso horizontalmente, numa das extremidades do qual uma pardoca tinha construìdo seu ninho, em que havia posto três ou quatro ovos.

  No movimento de pegar Sua toalha, a mão de Bhagavan esbarrou no ninho, que balançou violentamente fazendo com que um dos ovos caísse no chão.
Desta forma o ovo se quebrou; Sri Bhagavan ficou consternado. Ele chamou Madhava, seu assistente pessoal: " Olhe o que eu fiz hoje! " Assim dizendo, Ele pegou o ovo quebrado em Suas mãos, olhou para ele com Seus olhos ternos e exclamou: " Oh! a pobre mãe ficará tão triste e ferida, talvez zangada comigo também, por ter causado a destruição do seu esperado pequenino! Poderá a casca quebrada ser emendada novamente? Vamos tentar!"

  Assim dizendo, Ele pegou um pano, molhou-o, enrolou-o em torno do ovo quebrado e colocou-o de volta no ninho da mãe. A cada três horas Ele pegava o ovo quebrado, removia o pano, colocava o ovo em Sua palma rosada e olhava para ele com seus olhos ternos, por vários minutos.

  O que Ele realmente estaria fazendo naquele momento? Como podemos saber? Estaria Ele enviando, com aqueles maravilhosos olhares de Graça gentil, raios de energia vivificante para o ovo quebrado, colocando até mesmo novo calor e vida nele? Este é um mistério  que ninguém pode solucionar. Todavia Ele continuava dizendo: " Deixe a quebradura ser curada! Não pode ser chocado mesmo assim? Permita que o pequenino venha deste ovo quebrado!"

  Esta solicitude ansiosa e terna de Sri Maharshi continuou dia após dia por cerca de uma semana. Assim, o afortunado ovo permaneceu em seu ninho com seu pano-atadura molhado, apenas para ser acariciado por Sri Maharshi com divino toque e olhar bondoso. No sétimo dia ,Ele apanhou o ovo e com o assombro de um escolar, exclamou: " Vejam que maravilha! A rachadura se fechou e assim a mãe ficará feliz e chocará seu ovo afinal! Meu Senhor libertou-me do pecado de causar a perda de uma vida. Vamos aguardar pacientemente que o abençoado pequenino apareça!"

  Alguns poucos dias se passaram e afinal, em uma linda manhã, Bhagavan descobriu que o ovo havia sido chocado¹ e que o pequenino pássaro tinha nascido. Com um sorriso alegre em Seu rosto radiante com sua luz habitual, Ele pegou o pequenino em Suas mãos, acariciou-o com os lábios, afagou-o com Sua mão suave e passou-o a todos os presentes, para que o admirassem. Por fim recebeu-o de volta em Suas próprias mãos, tão feliz porque o pequeno germe de vida tivesse sido capaz de evoluir apesar do infeliz acidente acontecido ao embrião.

  Ah!, quanto cuidado pelo significado da criação! Não foi o coração do verdadeiro Budha que derramou lágrimas de ansiedade à quebra da casca do ovo, e depois lágrimas de alegria ao nascimento do pequeno? Poder-se-ía perceber ou imaginar um leite de bondade mais doce do que este?

*¹ - A maravilha aqui é que o pássaro compreendeu o suficiente para sentar-se sobre o ovo mesmo após ele ter sido manipulado por mãos humanas. Quem pode realmente dizer o quanto o entendimento de um animal pode conduzi-lo em direção à verdade?

Aos pés de Bhagavan - Folhas do diário de T.K. Sundaresa Iyer